Soberbo Destino

De uma negra ferramenta de tortura,
Ao perfeito empalar de sentimentos
São duas palavras “solidão” e “loucura”
Agora escreves na minha doente medula que estou fraca, e para quê?
Porque que estás prestes a abortar a minha bizarra euforia?
Amarras-me a este campo de violetas carniceiras
Onde o seu odor me conforta,
Onde o seu perfume anestesiante me viola a vontade…
Elas vingam o perdão,
Elas perdoam o esquecimento,
Elas nunca esquecem a vingança
Já drogada na sua nociva seiva
Tenho uma das tuas balas pacíficas cravada no meu crânio
Mas não faz mal pois não sou a apavorada menina
Eu sou apenas a áspera sedução à qual estás algemado
Eu sou o ácido cimento que te tranca na inutilidade
Eu sou o extrair do equilíbrio das tuas veias dilatadas
Estou trancado nesta crisálida,
Onde apenas sou um embrião do flagelo.
A febril origem da minha infundida decadência…
E tu és somente o carvão dessa decadência!
Tu és um estranho na minha inquieta tranquilidade
Tu és aquele que inveja o cume da minha fome
Tu és realmente apenas alguém que deseja o meu corpo sujo e suicídio.
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